sexta-feira, 14 de novembro de 2008

HORA DO LANCHE


RINGNECKS ADORAM MILHO VERDE!
Na foto está um casal de matrizes da Vila Fauna

FILHOTE AZUL 2008







segunda-feira, 10 de novembro de 2008

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

FILHOTES VERDES


FILHOTES VERDES
venda e informações: vilafauna@gmail.com

Ringneck

CARACTERÍSTICAS:

Nomes populares: Ringneck
Nome científico: Psittacula Krameri

Filhotes a venda. Várias cores. Mais informações: vilafauna@gmail.com


Filhotes Mansos

Os Ringnecks são aves muito inteligentes. Com dedicação, podem ficar mansos e repetir assobios e algumas palavras, dependendo do tempo de treino de quem o estiver “educando”. Quanto maior o tempo que se passa com o filhote mais ele vai se identificar e confiar nas pessoas, ficando assim mais fácil de ensiná-lo a interagir conosco.
A idade ideal para se adquirir um filhote é com 15 dias aproximadamente, pois assim, já receberam os probitóticos (“anticorpos”) necessários dos pais, estando mais resistentes, e ainda estão com pouca visão, isto permite que passem a reconhecer, com mais facilidade, as pessoas como “seus semelhantes”.

A alimentação dos filhotes deve ser feita com uma mistura (papa) própria para filhotes adquirida em casas de ração ou pet shops e deve ser dada através de uma seringa. Eles a aceitam com muita facilidade. Evite papa de fubá, além de pobre em vitaminas e nutrientes (ninguém vive só de milho!), a digestão pode ser mais demorada e o filhote pode ficar “empapado”. Uma dica é adquirir filhotes que já estejam habituados com a papa, pois assim não haverá chance de adquirir um filhote que a rejeite (raro...mas, possível).

Alimentação:

- Basicamente, uma mistura de sementes: alpiste, painço, senha girassol (sem exagero), linhaça, castanhas, pinhão, milho verde etc.
- Frutas, legumes e verduras: goiaba, maçã (retirar as sementes), cenoura, pimentão, jiló, beterraba, almeirão, repolho. Pode ser dada alface, mas em pouca quantidade, pois há o risco de diarréia.
- Importante: deixar disponível uma barra de cálcio.
- Água limpa sempre a disposição.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Criação de Animais Silvestres em Cativeiro

Criação de Animais Silvestres em Cativeiro
Precisamos agir


Profª.drª. Miriam Luz Giannoni Rua João Marilhano, 464, Residencial Damha II
São José do Rio Preto SP CEP 15061-732
Fones (17) 32245151 e cel (17) 81128162
E-mail: giannoni@terra.com.br e miriamgiannoni@hotmail.com
INTRODUÇÃO
O interesse mundial pela exploração de novas espécies avolumou-se nas últimas duas décadas, chegando ao Brasil mais recentemente, encontrando a legislação e a pesquisa despreparada para atender a esta nova demanda. Pretendemos apresentar nesta oportunidade, de forma muito resumida, os principais objetivos, vantagens e desvantagens e as dificuldades para a exploração de animais silvestres em cativeiro.
CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES
É notória a importância da proteção de áreas que venham a abranger os diversos tipos de ecossistemas para a conservação ou preservação da grande biodiversidade do Brasil. No passado, a preocupação centralizava-se na preservação de espécies em parques e reservas, sem levar em conta a sobrevivência da espécie humana. Não se pode ignorar a presença do homem nestas áreas, quer seja o índio ou o colono. Hoje, sabe-se que isto é impraticável e se preconiza o uso racional ecológico da fauna e flora. Passou-se, então a se falar em desenvolvimento sustentado. Este termo tem sido largamente empregado e na maioria das vezes sem o conhecimento de seu exato significado ou como promovê-lo.
A exuberância da flora e da fauna brasileira levou a idéia errônea de que eram inesgotáveis. Não houve a preocupação em sua conservação ou mesmo seu conhecimento, centenas delas desapareceram sem ao menos serem conhecidas. Um exemplo disto é resultante das pesquisas do Professor Augusto Ruschi com a fauna ornitológica espírito-santense: levantamento realizado em 1967-68 indicou 760 espécies e subespécies em seus 55.597 km², e após 10 anos, 1978, havia apenas 555, ou seja, desapareceram nada menos que 205 espécies (RUSCHI, 1979). E nas demais regiões do País? Neste sentido São Paulo dá importante contribuição com o lançamento do projeto “Biota-FAPESP”, com o objetivo de mapear e analisar a biodiversidade dos seus quase 250 mil quilômetros quadrados.
Lei de Proteção à Fauna
Pela Lei n.5.197, de 3 de janeiro de 1967, de Proteção à Fauna, todas as espécies da nossa fauna silvestre são de propriedade do Estado, ficando proibida a caça profissional e a amadorística só seria permitida em áreas específicas. A introdução de espécies exóticas dependeria de parecer técnico. Esta Lei reduziu a caça predatória, mas provavelmente devido a falta de campanhas maciças de educação das populações e de preparo de equipes (base física, equipamentos e treinamento) em número adequado quer seja para a fiscalização, orientação e/ou substituições alternativas da caça de subsistência, levaram a resultados bem inferiores aos desejados. Como conseqüência de interpretações dúbias por parte dos órgãos fiscalizadores, resultou, também na redução ou quase extinção das criações e pesquisas da fauna autóctone em cativeiro.
Caça e domesticação
Desde o início da colonização, sobressaindo-se no tempo do Império, ficaram famosas iguarias preparadas com exemplares de nossa fauna, quase todos provenientes de caça, pois não existe relato de domesticação, quer seja por parte dos nossos índios ou pelos colonizadores. Acreditava-se que os animais do Brasil não tinham o potencial genético para a domesticação (DOMINGUES, 1968). Segundo KERR (1996) “não havia a necessidade de domesticar, pois havia muita fartura de caça”, os índios mantinham em suas tribos apenas os animais de estimação, denominados de xerimbabos. No ano de publicação da Lei n.5.197, foram exportados 100.000 peles de capivara oriundas de caça. RUSCHI, (1979) conta que, na liquidação de uma firma, em Vitória (ES) foram encontrados cerca de 100.000 peles de beija-flores e muitas toneladas de plumas de emas. Mesmo após a promulgação da Lei de Proteção da Fauna, devido a grande dificuldade de fiscalização, principalmente nas mais longínquas regiões do Brasil, toneladas de peles e milhares de animais são contrabandeadas do país. Uma da formas de diminuir o extrativismo, seria promover e incentivar a criação de animais silvestres em cativeiro. Quando se captura e mata, por exemplo, ema na natureza, causa-se um desequilíbrio no ambiente onde a ema desempenhava um papel importante, como componente com função biológica definida no ecossistema. O mesmo não ocorre quando ela é explorada economicamente em cativeiro, com proteção, reprodução e seleção genética para melhorar sua produtividade, passando a categoria de animal doméstico. Aliás, é interessante destacar que esta espécie sul-americana, a ema (Rhea americana) é o exemplo de ave com potencial para exploração comercial de dois famosos ornitólogos, Augusto Ruschi e Helmout Sick, porém, somente após o sucesso na América do Norte e Europa, é que está despertando o interesse de uns poucos pecuaristas brasileiros. Já em 1985 o Prof. Sick afirmava: “Apesar de tão grandes potencialidades, em um mundo onde tudo se traduz imediatamente em lucro, a ema é uma espécie que marcha a passos largos para a extinção se não for criada sistematicamente (SICK, 1985)”. Além da ema, outras espécies de aves brasileiras têm potencial para a domesticação, quer seja para exploração de carne e plumas, ou como ave ornamental e algumas como animal de estimação, os xerimbabos dos nossos índios. Segundo RISCHI, (1979), as principais seriam espécies de pelo menos 20 Famílias: Tinamidae, Cracidae, Anatidae, Phasianidae, Psophidae, Columbidae, Psittacidae, Trochilidae, Trogonidae, Ramphastidae, Cotingidae, Rupicolidae, Pipridae, Corvidae, Turdidae, Parulidae, Tersinidae, Thraupidae, Fringilidae e Eurypygudae. Além das aves, muitos mamíferos, répteis e peixes podem vir a ser criados em cativeiro, e explorados como pecuária alternativa.
CRIAÇÃO EM CATIVEIRO
Os colonizadores trouxerem para o novo continente os animais e plantas que conheciam, fundamentando praticamente toda a exploração agropecuária nestas poucas espécies. Não se detiveram em estudar, selecionar e domesticar espécies da fauna e flora, com raras exceções para alguns exemplares da flora. Ainda hoje, poucos pesquisadores da área de ciências agrárias, estudam espécies autóctones. Quem conseguiu dominar a reprodução do maravilhoso pintado em cativeiro, não foi um técnico, e sim um produtor rural que conta com uma equipe norte-americana de pesquisadores, e mesmo assim há apenas 3 anos. Em Londres, as mascotes preferidas são as araras canindé (Ara ararauna) e vermelha (Ara macao), o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) e o tucano (Ramphasto toco) e é mais fácil e mais barato comprar uma destas aves na Europa e EUA, que nas escassas lojas autorizadas no Brasil, provenientes de uns três criadouros comerciais, fortalecendo o comércio ilegal. Produção de alimento São muitas as espécies da fauna brasileira com potencial para serem explorados na produção de alimentos. Seguindo com o exemplo da ema (Rhea americana), esta espécie sul-americana vem sendo estudada principalmente em Universidades da América do Norte, e explorada como produtora de carne vermelha e de gordura (GIANNONI, 1996). O óleo tem sido comercializado com vários propósitos e a sua utilização como medicamento de uso humano e animal foram patenteados este ano nos EUA (FEZLER, 1999). Embora os nossos índios já utilizassem a gordura com esta finalidade, lamentavelmente, nenhuma universidade brasileira pesquisou ou pelo menos descreveu sua composição, como o fez a fazendeira norte-americana (FEZLER, 1995).
É inadmissível que na Amazônia, nos dias atuais, áreas sejam desmatadas para a criação de gado vacum, quando já ficou demonstrado que esta espécie não é a mais adaptada ao ambiente para a produção de carne. Em livro publicado pela FAO, SMITH (1998) comparando a produção de carne em floresta do Panamá, mostrou que um grupo de pacas tem capacidade de produzir a mesma quantidade de carne por unidade de área e tempo, que o bovino, com a grande vantagem de não ser necessário derrubar a floresta. Esta publicação divulga alguns animais que podem ser utilizadas na alimentação humana, sem agredirem tanto os ecossistemas como os animais da zootecnia tradicional. Será o bovino a melhor espécie para produzir alimento no semi-árido nordestino? Nas secas, bovinos morrem sobrevivendo as emas, os tatus, os mocos e outros animais ameaçados de extinção, caçados pelos nordestinos famintos, mesmo com risco de prisão.
DIFICULDADES PARA A EXPLORAÇÃO COMERCIAL DE ANIMAIS SILVESTRES
As principais dificuldades são:
• A Legislação e a burocracia;
• Escassez de pesquisas, de técnicos e bibliografia acessível.
• Mercado e falta de espírito cooperativista.
- Legislação – nos últimos dois anos, uma série de resoluções, instruções normativas e portarias do CONAMA, Ministério da Agricultura e do Abastecimento (MAA) e IBAMA, vêm sendo publicadas regulamentando a criação e o comércio de animais silvestres exóticos e nacionais. As portarias IBAMA 117 e 118, de outubro de 1997 regulamentam, respectivamente o comércio e a criação em cativeiro de animais silvestres nacionais e exóticos, revogando a Portaria 132, de 1988. Estas portarias, entretanto, permitem interpretações dúbias. O número de funcionários para analisar os projetos de criadouros, exigidos pelas referidas portarias, é muitíssimo reduzido, agravado com a falta de recursos para promoverem a vistoria das instalações, resultando em atraso de mais de ano para obtenção de registro de criadouro comercial. Esta morosidade e burocracia, levaram a muitos produtores rurais a optarem pela criação de animais exóticos, como as perdizes europeas e americana, o javali, o avestruz, faisões, codorna japonesa, e muitos passeriformes, o que motivou novas portarias para sua regulamentação, destacando-se as Instruções Normativas n. 4 de 31/12/98 do MAA e a n.01, de 15/04/1999 do IBAMA.
- Pesquisas, livros técnicos - Os mesmos problemas se aplicam aos animais para pesquisa, levando a um círculo vicioso: sem animais, não há pesquisa, sem pesquisa não há conhecimento da biologia da espécie necessária para o desenvolvimento de técnicas para a criação em cativeiro, não há publicação de trabalhos e livros.
- Técnicos - sem estudos, não surgem oportunidades para a formação de pessoal qualificado, nos diversos níveis.
- Cooperativista - para recuperar o tempo perdido e ter mais força de barganha para mudar a situação atual, haveria a necessidade dos diferentes grupos se organizarem e trabalharem em equipes, abrangendo todos os segmentos da exploração, podendo:
a) sugerir alterações da legislação para que a criação de animais silvestres da fauna autóctone em cativeiro fosse estimulada.
b) propor pesquisas e financiamento nas áreas de reprodução, comportamento, instalações, nutrição, melhoramento genético, embasadas nos estudos da biologia da espécie. Numa primeira etapa, ênfase maior seria dada as pesquisas sobre aspectos da anatomia e fisiologia que venham a auxiliar no manejo reprodutivo e nutricional dos animais em cativeiro. A alimentação é, ainda, o grande entrave. As rações comerciais são caras e na maioria das vezes com falhas na sua formulação, levando a produtividade deficiente e encarecendo o produto final, reduzindo o mercado consumidor. Os pesquisadores têm que definitivamente entender que se trata de uma zootecnia alternativa, cujos princípios, geralmente esquecidos, se fundamentam em “produzir com qualidade, a baixos custos e em menor tempo”. A inclusão da disciplina de Animais Silvestres nos cursos de Ciências Agrárias constituiu um progresso, porem tem havido muitas distorções, por exemplo, a nutrição e a patologia teriam grande progresso se fossem considerados simplesmente como animais em cativeiro e objeto de atenção de pesquisadores experientes nestas áreas para a formulação de ração e diagnósticos, com a colaboração do profissional das demais áreas envolvidas, principalmente a etologia. Os programas da referida disciplina são diversos em cada unidade de ensino e precisam ser mais avaliados e estabelecidos objetivos que possam atender aos profissionais que irão trabalhar com animais silvestres em cativeiro tanto com propósitos conservacionistas, como para exploração zootécnica. Este último propósito inclui a criação de animais de companhia (os pets), ornamentais e os produtores de utilidade (geralmente alimento e/ou couro), ou serviço (como controladores de pragas, por exemplo, a coruja Tyto alba é usada no controle de pequenos roedores nas plantações de arroz na Malásia). São duas abordagens bastante distintas, principalmente quanto ao manejo e alimentação.
c) promover a centralização das informações sobre determinada espécie, de sorte a facilitar uma revisão bibliográfica e tornar acessíveis endereços de fornecedores e consumidores de animais e serviços.
d) exigir linhas financiamento para implantação do criatório bem como de todo os segmentos envolvidos direto ou indiretamente com as atividades (fábricas de ração, de equipamentos, produtos farmacêuticos e outros)
e) formação e organização de mercado, programas de market, divulgação em todos os níveis e forma de mídia e ampla distribuição dos produtos e subprodutos.
CRIAÇÃO EM CATIVEIRO E PRESERVAÇÃO DE ESPÉCIES
A contribuição da criação em cativeiro para a preservação é mais indireta, contribuindo para redução do extrativismo, da caça predatória e gerando conhecimentos sobre as espécies que auxiliarão no seu manejo na natureza. Sua grande limitação é o pequeno número de espécies a serem contempladas, geralmente as mais carismáticas. Ações mais diretas de preservação de espécies devem ser realizadas, por exemplo: o controle do tamanho populacional de espécies cinegéticas, para orientação da caça em níveis sustentáveis em reservas de vida selvagem, áreas públicas e outras (o Estado do Rio Grande do Sul vem desenvolvendo um bom trabalho); Identificação de espécies em extinção e proteção dos habitats críticos e preservação de parcelas de áreas nativas para a preservação de populações equilibradas de espécies em seus habitats naturais. Várias medidas são necessárias para um Brasil mais justo, o que impõe mudanças de conceitos. É preciso um modelo centralizado na qualidade de vida, com respeito ao meio ambiente, e que fosse social e economicamente viável. A criação de parques nacionais e áreas de reservas naturais foi uma evolução, mas há necessidade de seriam conduzidos planos para o manejo de populações: quotas de extrativismo; gerenciamento de habitats para a introdução de espécies; reintrodução de espécies em habitats apropriados; melhoramento dos programas de manejo e proteção das espécies nativas; eliminação de espécies exóticas das áreas de preservação É lamentável que nossos índios continuem recebendo bois, porcos e galinhas, que além da possibilidade de introdução de enfermidades, são estranhos aos seus costumes e de difícil adaptação às condições de criação disponível.
PECUÁRIA ALTERNATIVA – converter praga em benefício?
No momento, considerado emergencial, pode-se iniciar a exploração de animais silvestres com espécies que, devido a alteração de seu habitat e a ausência da caça ou de predadores para controle populacional, tenham se tornado pragas, reduzindo o lucro das culturas ou mesmo pondo em risco a segurança humana. Como exemplos, temos a nútria, nas plantações de arroz do Rio Grande do Sul e a capivara, que alem de provocar baixas consideráveis nas culturas de grãos, invade as rodovias provocando acidentes. Estas espécies são altamente produtivas em carne de elevado valor nutritivo, com baixos teores de gordura e colesterol. A apanha dos excedentes na natureza para a formação dos planteis matrizes dos criadouros comerciais, além de reduzir os prejuízos, proveria os produtores rurais de mais esta fonte de renda ou de alimento. Entretanto, algumas pessoas e mesmo alguns técnicos do IBAMA não entendem este papel regulador de populações e continuam dificultando a utilização destes excedentes. Exemplificando com a nútria: mesmo sabendo do grande prejuízo que vêm provocando aos produtores de arroz, é dificil conseguir a autorização para a sua criação em cativeiro e a permissão é para a exploração das mutações obtidas no exterior e não as nútrias das plantações gaúchas. A não ser que haja uma justificativa técnica por parte do IBAMA do Rio Grande do Sul, este procedimento incorre em dois possíveis problemas: 1º- os mutantes podem escapar e se espalhar nas populações selvagens, introduzindo novos genes cujos efeitos em condições naturais são desconhecidos e 2º - sendo oriundos do exterior, podem introduzir doenças não existentes, tendo em vista as precárias condições de vigilância sanitária animal no pais. O mesmo se aplica às emas importadas, principalmente da Holanda, sem serem submetidas à quarentena.
Na fase atual dos conhecimentos e de mercado, são indicadas para exploração imediata como fonte de alimento:
Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), nútria (Myocastor coypus) cateto (Tayassu tajacu), quixada (Tayassu pecari albirontris), cutia (Dasyprocta sps) paca (Agouti paca) emas (Rhea americana) e perdiz (Rhynchotus rufescens). Outras espécies, inclusive quelônios e répteis, poderão aumentar esta lista,. tão logo pesquisas resultem em tecnologia de manejo que as tornem uma exploração zootécnica acessível aos produtores rurais.
Além da alimentação, o gargalo das criações destes animais no Brasil é o abate, processamento e comercialização dos produtos. Existe apenas um abatedouro registrado de animais silvestres, com domínio sobre os preços e tipos de corte. As tartarugas vêm de avião do Norte para serem abatidas em São Paulo. Capivaras são transportadas por mais 2 mil km para serem abatidas, e as carcaças são comercializadas para os restaurantes sem a retirada da pele, pois ainda não há comércio para ela no país, resultando em elevação do custo da carne e consequentemente do prato, tornando-o inacessível para a maioria da população brasileira. Um casaco de couro de capivara na Argentina custa aproximadamente 600 dólares, mas o volume de abate de capivaras no Brasil é muito pequeno para que possa interessar a um curtume.
A exploração de animais silvestre no Brasil encontra-se na fase denominada pelos americanos de “Breeding fase”, passando para a de Produção. Urge uma movimentação dos diversos segmentos para organizar o processamento e comércio dos produtos, para absorver os poucos e esparsos exemplares dos criadouros. O sucesso da exploração dependerá da organização, por região, de cooperativas ou associações para um trabalho conjunto. Os criadores de emas e capivaras no rio Grande do Sul estão se organizando neste sentido, produção e consumo na região, e projetando ações para o estabelecimento de quotas a serem atingidas de acordo com as disponibilidades de produtor rural para um volume mensal de produção que permita atender o mínimo necessário a exportação, ou seja 12 toneladas. Compradores no exterior já têm, falta volume de produção.
Por que importar javalis, avestruzes, codornas, perdizes e faisões, se têm animais similares já adaptados ao ambiente e sem riscos de introdução de doenças? A primeira atitude para reverter esta situação compete ao Ministério do Meio Ambiente, facilitando e incentivando a exploração da fauna autóctone, com o apoio de todos os segmentos envolvidos.
Finalizando: “SABENDO CRIAR, NÃO VAI FALTAR” - frase em cartaz do IBAMA, complementaria com E SERÁ LUCRATIVO.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DOMINGUES.

Introdução à Zootecnia. Rio de Janeiro, SAI –MAA, 1968 392p.
FEZLER, D. Rhea Oil In: DRENOWATZ, C. Ed. The Ratite Encyclopedia – Ostrich, Emu, Rhea; San Antonio,TX, Ratite Record. Inc. 1995, p. 245-249
FEZLER, D. 1999 E-mail: gcr@rhealiving.com
GIANNONI, M.L. Emas & Avestruzes, uma alternativa para o produtor rural. Jaboticabal, FUNEP,1996, 49p
RUSCHI, A Aves do Brasil. São Paulo: Ed.Rios, 1979237p.
SICK, H. Ornitologia Brasileira, uma introdução. Brasília: Universidade de Brasília, 1985;s v;1;482p.
SMYTHE, N. Rodentia In: National Research Council, Microlivestock: Little-know small animals with a promising economic future. Washington, National Academy Press.1991 p193-198.

Escrito por Miriam Luz Giannoni, em 11/9/2006

(Extraído de http://www.cobrap.org.br/site/artigos_vis.php?id=499)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

CRIAR À MÃO

Todas as pessoas que desejam uma ave como animal de estimação, quer uma ave mansa, criada à mão. Grande parte dos pequenos criadores querem começar a criar à mão após a primeira criação sem terem lido bastante sobre esse assunto.
Encontramos algumas informações na Internet, mas só os pontos principais, porque os pormenores ficam ocultos. Estou aqui para transmitir o que sei. Vou tentar não omitir nada, mas aviso desde já que uso o meu próprio método e não sou dono da razão absoluta, logo, outros criadores utilizarão modos diferentes e possivelmente com uma taxa de sucesso superior à minha.
Gostaria de lançar um apelo a todos os criadores experientes na arte de criar à mão, que também contribuíssem com um artigo sobre o seu próprio método aqui no portal.
Separação dos Pais
Em termos gerais, quando se pretende criar uma ave à mão, devemos separá-la dos pais por volta dos 8-10 dias, antes de abrirem os olhos. E já tendo um tamanho menos “frágil”, se é que poderei utilizar este termo. Não esquecer de deixar pelo menos uma ou duas crias (de preferência duas) para os pais biológicos criarem. Podemos criar à mão espécies diferentes em simultâneo.
Pergunta: Porquê aos 8-10 dias e não antes ou depois?
Resposta: Antes dos 8 dias é muito complicado criar, só quem tem muita experiência e condições atmosféricas (Temperatura e Umidade) especiais é que conseguem ter sucesso. Também é importante que os pais biológicos transmitam as enzimas e probióticos naturalmente, por isso a importância dos primeiros dias com os pais biológicos. Depois dos 10 dias, ou melhor, depois dos olhos abertos, eles já reconhecem os pais como sendo as aves e não nós, logo vão ter medo de nós, será menos fácil alimentá-los, mas muitos criadores utilizam este método (depois dos 15-20 dias), porque as aves já são um pouco mais resistentes, não precisam de ser alimentadas com tanta frequência.
Alojamento
Um dos grandes problemas de sobrevivência das crias quando afastadas dos pais biológicos é manter a temperatura adequada, juntamente com a humidade. Se já obteve criações de Agapornis, já viu com certeza que os ninhos que eles constroem ficam quentes e úmidos.
Existem Maternidade ou incubadoras preparadas especialmente para alojar os recém nascidos. Um método mais caseiro para alojar os recém nascidos é arranjar uma caixa forrada com algodão, pedaços de lã ou serradura. Depois papel absorvente por cima onde as aves (deve sempre criar mais do que uma de cada vez para se aquecer mutuamente) ficarão alojadas. Uma Luz de infra-vermelhos por cima para fazer calor (controle a distância através de um termómetro - mais perto mais calor, mais longe menos calor), essa temperatura deve rondar os 30º C (cuidado para não ficarem desidratados = luz Infra-vermelhos), deve tapar uma parte do caixa (fazer teto) para ficar mais escuro, de modo a que as aves não tenham luz direta (infra-vermelhos), mas não deixando perder temperatura.
Alimentação
Para que haja mais probabilidade de sobrevivência das crias, não devemos exagerar na quantidade de alimento de cada refeição, ou seja, devemos dar pequenas quantidades, várias vezes por dia. Com a experiência vai aperfeiçoando a quantidades certas.
Na primeira semana (entre os 10-18 dias de vida) a papa deve ser preparada mais líquida e a uma temperatura a rondar os 37,5º C a 38,5º C, se tiver que alimentar várias crias em simultâneo, deve ter cuidado para a papa permanecer sempre à mesma temperatura (método caseiro “banho-maria”).
Na 4ª Semana já pode ir engrossando a papa, mas sem exagerar. Eu utilizo para alimentar as minhas aves a papa para crias da Nutribird, existem outras marcas com excelentes qualidades na composição da mesma. Deve repetir a refeição sempre que o papo da ave se apresentar vazio “murcho”. Ter em atenção no manuseamento da ave durante a refeição. Limpar os restos de comida com um cotonete em água morna para não secar e obstruir nenhum canal (cuidado para não deixar fios de algodão na ave).
A papa preparada que sobrar deve ser deitada fora. Com o tempo irá conseguir preparar somente a papa necessária para alimentar as crias. A papa é dada em seringa ou colher dobrada, sendo o primeiro método, o mais fácil e o mais eficaz. A seringa de preferência deve ser jogada fora após cada utilização (seringas descartáveis) ou após cada utilização lavá-la bem e colocá-la alguns segundos em água a ferver. Alguns criadores por falta de tempo, só alimentam as crias 5x/dia no máximo na 3ª semana de vida e elas sobrevivem na mesma. Eu alimento no mínimo 6x/dia. A 3ª semana de vida (1ª semana alimentada por nós) é fundamental para a sua sobrevivência, logo não arrisco muito.
Exemplo da Alimentação manual
3ª Semana – alimentação – 6x ou 7x/dia
4ª Semana – alimentação – 5x ou 6x/dia
5ª Semana – alimentação – 4x/dia colocando comida e água à disposição
6ª Semana – alimentação – 3x/dia colocando comida e água à disposição
7ª Semana – alimentação – 2x/dia colocando comida e água à disposição
8ª Semana – alimentação – 1x/dia colocando comida e água à disposição
A ave efetuará o desmame sem problemas.
Higiene
Para evitar o risco de contaminação, é muito importante a limpeza do material que foi utilizado na preparação e fornecimento da papa, como tigelas, sondas e seringas.Pontos importantes na domesticação da ave
1. Durante as 6ª Semanas de vida só as agarre para alimentá-las, deixe as aves descansarem.
2. Cuidado com as diferenças de temperatura quando for alimentar a ave
3. A ave deve ser manuseada sempre com muito cuidado e carinho
4. Não esteja sempre com ela na mão, é preferível tirá-la da gaiola várias vezes por dia, mas pouco tempo de cada vez.
5. É necessário muita dedicação (tempo livre e paciência)
Resumo
Não é nada fácil criar à mão, porque é preciso muita dedicação. Só aconselho a quem tem muito tempo livre. E por vezes acontece o que menos desejamos, a morte de uma cria. Esta parte é a mais dolorosa e que nos faz pensar, se efectivamente, deveríamos ou não, deixar os pais biológicos criarem as suas crias?! Mas deparo-me por vezes, com crias mortas no ninho dos pais. Ao criar à mão estou a dar uma probabilidade maior de sobrevivência das crias. Os pais com menos crias no ninho, criam com uma taxa superior a 95%, e eu, ao criar algumas crias estou a diminuir a taxa de mortalidade das mesmas.
Espero com este artigo ter desmistificado a arte de criar à mão.
Cumprimentos Psittaciformes,
Luis Maximiano
Copyright &copia; por Corga dos Psitacideos Todos os direitos reservados.
ESTE TEXTO FOI INTEGRALMENTE RETIRADO DO SITE: http://www.psitacideos.com/modules.php?name=Content&pa=showpage&pid=22

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

PSITACÍDEOS

Os Psitacídeos são aves, em geral, muito resistentes, e adaptam-se bem a qualquer clima, com preferências a ambientes com pouco frio, haja visto as regiões nas quais eles estão espalhados pelo mundo, que na maioria possui clima com predomínio de temperaturas quentes.
Podem viver nos mais variado tipos de vegetação: cerrado, caatinga, florestas. Porém preferem áreas próximas a rios e lagos.
São pássaros com grande habilidade para aprender a interagir com o meio em que vivem, em aprender a interagir com o meio em que vivem, especialmente, quando criados como pet´s (animais de companhia) pelo homem. Aprendem uma série de truques e brincadeiras, além de serem capazes de repetir assobios, palavras e frases. Há casos (como o do Papagaio do Congo Alex) em que associam nomes e cores a objetos. Dentre as espécies mais hábeis para “falar” estão o brasileiro Papagaio-Verdadeiro (Amazona Aestiva) e o africano Papagaio do Congo (Psittacus erithacus erithacus). Além destes, geralmente as demais espécies também são capazes de assoviar e desenvolver algum tipo de interação com o ser humano, desde que ensinadas desde filhotes. O que também não exclui a possibilidade de aprender quando adultas. Certa vez, um dos meus ring neck abriu o viveiro onde vivia, após recapturá-lo, amarrei a porta do viveiro com um arame (porém, muito fino) e no dia seguinte, ele cortara o arame e escapara da novamente. Outro dos meus Ring´s, observando o companheiro, que havia sido criado por mim desde filhote, buscar o alimento na minha mão passou a aproximar-se cada vez mais e a pegar o alimento da mesma forma. Uma das minhas calopsitas adultas aprendeu a assobiar ouvindo o ring neck e a mim. Então, posso afirmar, com certeza, que são inteligentes o bastante para aprender muitas coisas novas, mesmo quando adultos.

sábado, 16 de agosto de 2008

LEGISLAÇÃO

As Portarias abaixo regulamentam a criação de aves silvestres e exóticas em cativeiro:

Portaria 117 do IBAMA
www.ibama.gov.br/fauna/legislacao/port_117_97.pdf.

Portaria 118 do IBAMA
www.ibama.gov.br/fauna/legislacao/port_118_97.pdf.

Portaria 102
http://www.ibama.gov.br/fauna/legislacao/port_102_98.pdf.



Casal de filhotes nascidos em 2006






Ring Neck Jovem (Macho)